sábado, 13 de setembro de 2014

Para uma amiga que subirá numa tribuna internacional

Vai, e leva contigo cada uma das mulheres latino-americanas
Todas as mulheres silenciadas do mundo falam pela tua voz quando dizes
Quem somos, de onde viemos, o que temos vivido ao longo dos anos, dos séculos.

Vai sim, e diz praqueles ouvidos atentos que somos capazes de analisar a conjuntura,
De propor mudanças profundas, de reinventar um sistema
Porque vivemos na pele cada uma de suas contradições.

Herdamos um passado sofrido, de colonização, exploração, humilhação.
Somos bisnetas das escravas, netas das exploradas, filhas das sofridas
Agora temos um pouco de voz.
E no entanto, mais do que vitimas, nossa realidade nos tornou protagonistas de uma nova ordem.

Tu nos representa, Jana!
Pela tua sinceridade e, sobretudo, pela tua sensibilidade absurda.
Pela tua politização, pelas tuas convicções, por teres lado em qualquer luta
E por não seres razoável.


“A mulher razoável se adapta ao mundo.
A não razoável insiste em adaptar o mundo a ela.
Toda mudança então, depende, das mulheres não razoáveis.”

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