sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


"Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada."


(Vladmir Maiakovski)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A memória




Está como cravada nas nossas costas: nos dói, nos sangra, nos mata aos pouquinhos e tampouco a vemos. Se a enxergássemos, mudaríamos o mundo, movidos e movidas por essa dor, por esse sangue, por essa morte.