terça-feira, 7 de abril de 2009

Fórum da Liberdade


Com o patrocínio das gigantes Souza Cruz, Itaú e Gerdau, o Fórum da Liberdade reinou novamente na PUC, em Porto Alegre; com direito a visita de Henrique Meirelles e aplausos ao MP gaúcho pelo fechamento das escolas itinerantes do MST (que gerou um deficit de 50 mil vagas na ed. infantil no interior do estado) , 'demasiado ideológicas'.

Me surpreendi inúmeras vezes, durante a palestra que presenciei, com a atitude da platéia. De tão passiva e inerte, sorria contemplada quando o palestrante o solicitava com alguma piadinha classista ou homofóbica. Não bastasse os palestrantes anunciantes da desgraça humana, haviam ali centenas de cabeças ocas, com o perdão da expressão, tão grave para mim. Não havia o menor sinal de divergência. Todas e todos ali, mais de 3 mil estudantes, comungando com a barbárie, consentindo com a injustiça social expressa que é o neoliberalismo.

Exemplificando suas teorias, sendo radicalmente contra a proposta de controle do tabagismo, Denis Rosenfield nos presenteou com esta pérola: "Quem é o estado para se meter na saúde das pessoas? Todos temos liberdade para escolher e deliberar sobre a nossa saúde. Temos livre arbítrio!"

Nos resta perguntar o óbvio: Liberdade? Para que?

(Veja a resposta em http://celeuma.blogdrive.com/archive/535.html)

domingo, 5 de abril de 2009

A nossa luta é por respeito...


Acompanho de perto o Blog da Maíra Mano, http://viva.mulher.blog.uol.com.br/ e sugiro.
Alguém disse: "A mídia ensina - excita, vende, distrai,orienta, desorienta, faz rir, faz chorar, inspira, narcotiza, reduz a solidão - e num paradoxo digno de sua versatilidade, produz até incomunicação".
Sabemos todos e, principalmente, todas dos desserviços que a mídia tem feito à humanidade. Para além de todo o seu conteúdo eleito pelo olhar de dois ou três homens brancos, "ela fala de um mundo fragmentado, editado, sem passado, nem antecendentes".
Diferente do que querem os poucos que comandam a TV brasileira, nós mulheres não somos objetos úteis e belos ou pedaços de corpos. Sequer somos mercadoria. Mulheres inteiras, sujeitos da vida é que somos.
Gostaria de me referir à Articulação Mulher e Mídia, saída recentemente de seu seminário.
Quanta esperança me dão. Elas propõe um movimento de controle social da imagem da mulher na mídia, inciando com uma força negra esse debate tão urgente. Visite o site, ótimo na forma e no conteúdo: http://www.mulheremidia.org.br/